
Você sabe o que é misofonia?
Sons de mastigação, torneira pingando, balançar de chaves, te incomodam ou causam grande irritação? Se sim, saiba que você pode estar dentro dos 3% da população mundial que sofre com misofonia, uma aversão intensa a sons de volume baixo e repetitivos.
Misofonia não deve ser confundida com hiperacusia (sons que são percebidos de modo anormal). Hiperacusia e misofonia são relacionadas à redução de tolerância de som. No entanto, na hiperacusia a informação auditiva é considerada insuportável. Já na misofonia, ocorre uma repetição ou padronização de sons, os quais são intoleráveis.
Também conhecida como “síndrome de sensibilidade seletiva do som”, a misofonia pode provocar a liberação de adrenalina, gerando uma sobrecarga de energia para que o corpo responda à “ameaça”.
Os sintomas mais comuns que as pessoas que sofrem com a síndrome sentem ao ouvir os sons são: taquicardia, respirações mais aceleradas e curtas, tremores, suor e tensão muscular.
Dentre os sons que mais incomodam estão: mastigar, mascar chiclete, tossir, assobiar, umedecer o lábio, roer a unha, respiração ofegante, roncar, digitar, clicar a caneta, mexer em chaves, abrir papel de bala e andar de salto alto.
Por que isso acontece?
Sabe-se que nas pessoas com misofonia, a parte do cérebro que conecta os sentidos com as emoções é muito ativa e faz conexões com outras áreas de forma peculiar.
Essas conexões são capazes de provocar um reflexo imediato de reação forte e desproporcional aos sons. Com isso, os misofonicos não conseguem se concentrar porque prestam mais atenção aos sons que são irrelevantes.
Ainda há várias pesquisas e estudos em andamento para que haja maior compreensão sobre o assunto, porém, um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) constatou que algumas das pessoas pesquisadas desenvolveram os primeiros sinais de misofonia durante a infância ou adolescência. Outra constatação do estudo da USP foi de que dentre os sintomas relacionados à síndrome, estão ansiedade, zumbido, depressão, hipersensibilidade aos sons e transtorno obsessivo-compulsivo.
Quando é necessário buscar ajuda médica?
A misofonia pode ser dividida em leve, moderada ou grave e pode acometer tanto homens quanto mulheres. Para saber a gravidade dos efeitos gerados pelos barulhos, é necessário a aplicação de um questionário específico, realizado por um profissional.
Nos casos mais graves, o indivíduo com misofonia pode se isolar socialmente para evitar ouvir os barulhos, portanto, quando a pessoa notar que o problema a está afetando as atividades do cotidiano, é hora de procurar ajuda médica.
Qual é o tratamento para a misofonia?
Conhecida como Terapia de Habituação, o tratamento inclui orientação, aconselhamento e terapia sonora. O objetivo é fazer com que quem sofre com a misofonia fique menos sensível e reativo aos sons que são gatilhos.
Também é recomendada a Terapia Cognitiva Comportamental, para que a pessoa pense e reaja de forma diferente ao estímulo sonoro que causa aversão.
Outra recomendação é a meditação, que ajuda a aliviar o estresse.
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